sábado, 25 de abril de 2009

José Afonso - Grândola vila morena



No dia 29 de Março de 1974, Grândola, Vila Morena foi cantada no encerramento de um espectáculo no Coliseu de Lisboa. Na assistência estavam militares do MFA, que viriam a escolher a canção como uma das senhas para o arranque da Revolução dos Cravos. Curiosamente, para esse espectáculo a censura do regime fascista havia proibido a interpretação de várias canções de Zeca, entre as quais "Venham Mais Cinco", "Menina dos Olhos Tristes", "A Morte Saiu à Rua" e "Gastão Era Perfeito".

À meia-noite e vinte minutos da madrugada do dia 25 de Abril de 1974, a "Grândola, Vila Morena" foi tocada no programa Limite da Rádio Renascença. Era a segunda senha que confirmava o bom andamento das operações e despoletava o avanço das forças organizadas pelo MFA. A primeira senha, tocada cerca de hora e meia antes, às 22 horas e 55 minutos do dia 24 de Abril, foi a música "E depois do adeus", cantada por Paulo de Carvalho.

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade

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